sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Aspectos físicos do Brasil e meio ambiente no Brasil (grandes domínios de clima, vegetação, relevo e hidrografia; ecossistemas) Parte 6

 Aspectos físicos do Brasil e meio ambiente no Brasil (grandes domínios de clima, vegetação, relevo e hidrografia; ecossistemas) Parte 6

 Caso preferir, no vídeo abaixo tem esta postagem em áudio e vídeo


Tipos de relevos:

Nós temos os Relevos Oceânicos e Continentais

Relevo Submarino/ Oceânicos:

Variedade de formas e irregularidades no relevo do fundo dos oceanos. Dorsais oceânicas, fossas oceânicas, Plataforma continental, taludes e regiões abissais.

Plataforma continental: Situada na margem do continente. Se estende com inclinação em direção ao fundo do oceano; A área submersa que se estende da costa até a borda do talude continental, com uma inclinação suave.

Talude continental: entra a plataforma e o sopé continental. Grande declive. Até 3000 metros de profundidade. A área de alta declividade que liga a plataforma continental às planícies abissais.

Sopé continental: Fim do talude. Entre 3 a 5 mil metros de fundo

Planícies abissais: São extensas áreas do fundo do oceano, com topografia plana ou suave, e que se localizam a uma profundidade de, geralmente, mais de 4.000 metros.

Dorsais oceânicas: As margens divergentes onde se forma nova crosta oceânica através do vulcanismo.

Bacia oceânica: A área sedimentar de relevo suave que se encontra em regiões profundas do oceano.

Fossas marinhas: As áreas profundas dos oceanos que podem atingir 8.000 metros.

Ilhas oceânicas: Pequenas extensões de terras emersas que se formam no fundo dos oceanos.

Cordilheiras oceânicas: Grandes cadeias de montanhas do fundo oceânico.

 

Relevo continental:

As principais formas de relevo são montanhas, planaltos, planícies e depressões que falei anteriormente.

Darei aqui apenas um resumo, mas caso não tenha assistido o vídeo anterior, recomendo assistir, pois muita coisa do vídeo anterior com certeza será pedido na prova.

Planaltos

Os planaltos são terrenos mais antigos relativamente planos, situados em altitudes mais elevadas. Destacam-se o Planalto Central Brasileiro, Centro Sul de Minas, Planalto da Amazônia Oriental e os planaltos da Bacia do Parnaíba e da Bacia do Paraná. (Fonte: IBGE)

 

Planícies

As planícies são áreas essencialmente planas formadas a partir da deposição de sedimentos provenientes de áreas mais elevadas. São as formas de relevo mais recentes no tempo geológico, e no Brasil podemos destacar as planícies do Pantanal, do Rio Amazonas, e as localizadas ao longo do litoral brasileiro. (Fonte: IBGE);

 

Depressões

Já as depressões são uma parte do relevo existente em altitudes mais baixas que as altitudes das áreas adjacentes, inclusive aquelas que se encontram abaixo do nível do mar. Um exemplo é a depressão amazônica. (Fonte: IBGE).

Classificação do Relevo Brasileiro

O Brasil tem uma formação geologicamente antiga, por isso, foi exposto à ação dos agentes externos ou exógenos de transformação do relevo, como as águas e ventos dentre outros fatores.

Por ter tido tanto desgaste com o passar do tempo, o Brasil não tem grandes cadeias montanhosas.

Unidades geomorfológicas são arranjos de formas altimétrica e fisionomicamente semelhantes em seus diversos tipos de modelados. Os conjuntos de formas de relevo que compõem as unidades geomorfológicas constituem compartimentos identificados como planícies, depressões, tabuleiros, chapadas, patamares, planaltos e serras. (Caiu em concurso – Ano: 2020 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de São Felipe D`Oeste – RO);

 

Existem 3 modelos de classificação do relevo Brasileiro.

As classificações do relevo brasileiro de Aroldo de Azevedo, Aziz Ab'Sáber e Jurandyr Ross diferem principalmente na forma como consideram os fatores que determinam os tipos de relevo, vamos ver cada uma delas

Classificação de Aroldo de Azevedo

Aroldo de Azevedo era professor e pesquisador do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), terminado o mapa em 1940.

Aroldo de Azevedo era professor e pesquisador do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), terminado o mapa em 1940.

A classificação mais tradicional, que leva em conta principalmente o nível altimétrico. Planícies são formas de relevo com altitudes inferiores a 200 metros, enquanto planaltos são as partes de relevo com altitudes superiores a 200 metros.

O relevo brasileiro era composto de:

59% de planaltos, 41% de planícies e áreas acima de 1200 metros 0,58%.

Ficando dividido em oito unidades de relevo:

Planaltos: planalto das Guianas, Planalto Central, Planalto Atlântico e Planalto Meridional;

Existem dois planaltos predominantes no Brasil: o Planalto das Guianas e o Planalto Brasileiro. Sendo o Planalto Brasileiro devido à sua extensão e diversidade de características, o Planalto Brasileiro é subdividido em três que são Planalto Central: Ocupa a região Centro-Oeste e é formado por planaltos sedimentares e planaltos cristalinos bastante antigos e desgastados. Planalto Atlântico: Ocupa o litoral de nordeste a sul, com chapadas e serras. Planalto Meridional: Predomina nas regiões Sudeste e Sul e extremidade sul do Centro-Oeste, formado por terrenos sedimentares recobertos parcialmente por derrames de lavas basálticas, que proporcionaram a formação do solo fértil da chamada terra roxa. (Caiu em concurso – Ano: 2017 Banca: Instituto Excelência Órgão: Prefeitura de Juína – MT);

Planícies: Planície Amazônica, Planície do Pantanal, Planície Costeira ou Litorânea e a planície de Pampa.

 

Classificação de Aziz Ab’Sáber

No ano de 1958, no entanto, uma nova classificação do relevo brasileiro foi realizada, essa também executada pelo Departamento de Geografia da USP, sob a liderança de Aziz Ab’Sáber.

Despreza o nível altimétrico e dá ênfase aos processos geomorfológicos, como a erosão e a sedimentação. Para ele, planaltos são formações onde predomina a erosão, e planícies são áreas de sedimentação.

O relevo brasileiro ficou então com 75% de Planaltos e 25% de planícies.

Ficando dividido em dez unidades de relevo:

Planaltos: Planalto das Guianas, Planalto Central, planalto do Maranhão-Piauí, o planalto Nordestino, as serras e planaltos do Leste e Sudeste, o planalto Meridional e o planalto Uruguaio Sul-Rio-Grandense.

Planícies: Planície e Terras Baixas Amazônicas, a planície do Pantanal, as planícies de terras baixas costeiras.

 

Classificação de Jurandyr L.S. Ross

Mas, novamente, uma nova classificação foi realizada com base na modificação dos critérios para a definição dos tipos de relevo. Dessa vez, os estudos foram realizados pelo geógrafo Jurandyr Ross no ano de 1989, que utilizou como ponto de partida a própria classificação de Aziz Ab’Sáber.

Classificação mais abrangente, que considera, além dos planaltos e planícies, a presença de depressões no território brasileiro. Divide o relevo brasileiro em 28 unidades de áreas de planaltos, planícies e depressões.

Nessa definição, era considerada depressão qualquer área de relevo aplainada que estivesse rebaixada em relação ao seu entorno, caracterizando as “depressões relativas”, haja vista que no Brasil não existem “depressões absolutas”, aquelas que se encontram abaixo do nível do mar.

Ficando então com 28 unidades de relevo, sendo 11 planaltos, 6 áreas de planícies e 11 depressões.

Planaltos: Planalto das Guianas, Planalto Central, Planalto Meridional, Planalto Sul-Rio-Grandense, Planalto do Maranhão-Piauí, Planalto da Borborema, Planalto e Chapadas da Bacia do Paraná, Planalto e Chapadas da Bacia do Parnaíba, Planalto e Chapadas dos Parecis, Planalto e Chapadas Residuais Norte-Amazônicas, Planalto e Serras do Atlântico Leste-Sudeste que inclui serras costeiras e relevos montanhosos.

Planícies: Planície e Terraços Amazônicos, Planície do Pantanal, Planície Costeira, Planície do Rio Guaporé, Planície do Rio Amazonas e Planície do Rio Paraná.

Depressões: Depressão Amazônica Ocidental, Depressão do Araguaia, Depressão do Alto Paraguai, Depressão Cuiabana, Depressão do Tocantins, Depressão Sertaneja e do São Francisco, Depressão Periférica Sul-Rio-Grandense, Depressão Periférica da Amazônia Oriental, Depressão Periférica da Borborema, Depressão Periférica Norte-Rio-Grandense e Depressão Periférica da Mantiqueira.

No próximo vídeo começarei a falar sobre HIDROGRAFIA

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