quinta-feira, 7 de março de 2024

Primeira República: elite agrária e a política da economia cafeeira Parte 2

 Primeira República: elite agrária e a política da economia cafeeira Parte 2

Caso preferir, no vídeo abaixo tem esta postagem em áudio e vídeo


1.898 a 1.902 – Segundo presidente civil – Campos Sales

Política dos governadores:

 
Imagem retirada do concurso: Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Câmara de Bauru – SP

A política dos governadores, ou política dos estados, foi um acordo durante os primeiros anos da República Velha (1889-1930).

Ela mostrava o poder das oligarquias estaduais na primeira república. Onde o Governo Federal apoiava os governos estaduais sem restrições e, em troca, eles faziam uso de seus coronéis (ver coronelismo) e elegiam bancadas pró-Governo Federal, de forma que nem o governo federal, nem os governos estaduais, enfrentassem qualquer tipo de oposição.

A chamada República dos Governadores, que caracterizou a Primeira República no Brasil, tinha por objetivo a manutenção da estrutura agroexportadora. Um dos mecanismos utilizados para preservar a oligarquia predominantemente cafeeira foi a utilização do voto aberto, o qual permitia que os coronéis, que eram os grandes proprietários rurais e líderes políticos locais, controlassem e manipulassem os votos dos eleitores em seus “currais eleitorais”.

Esse sistema teve início no governo Campos Sales, que propôs o nome “política dos estados” dizendo que “o que pensam os estados, pensa a União”.

As oligarquias estaduais mantinham-se no poder por meio de alianças e favores que uniam municípios, estados e governo federal. O coronelismo era a coluna mestra desse edifício baseado na fraude eleitoral e na corrupção. (Caiu em concurso – Ano: 2022 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO);

O café neste período era a base da economia brasileira.

Em 1.906 no final do governo de Rodrigues Alves, que havia passado pela revolta da vacina no Rio de Janeiro e o início do de Afonso Pena, com a crise cafeeira no Brasil, foi estabelecido o Convênio de Taubaté entre os estados de SP, MG e RJ.

O convênio foi realizado em Taubaté, que tinha como objetivo comprar o café dos coronéis que não havia mercado na Europa para evitar o colapso.

Imigração: Durante o período de transição do século XIX para o XX, as imigrações desempenharam um papel crucial na formação sociocultural do Brasil. Os grupos mais numerosos eram formados por imigrantes italianos, portugueses, alemães, japoneses e árabes. A partir de 1.930 começou o declínio migratório para o Brasil.

Durante república velha teve vários conflitos e manifestações no campo e nas cidades:

Revolta da Armada

Ocorreu durante a Primeira República, no período de 1.891 a 1.894 envolvendo conflitos entre a Marinha do Brasil e o governo central. A Revolta da Armada foi a luta dos marinheiros contra as medidas de Floriano Peixoto e por maior participação no governo.

Revolução Federalista

Ocorreu no sul do Brasil durante a Primeira República, no período de 1.893 a 1.895 e envolveu conflitos políticos e militares entre os federalistas, que defendiam maior autonomia para os estados, e os legalistas, que apoiavam o governo central.

Guerra de Canudos

Guerra de Canudos aconteceu no período de 1.896 a 1.897 e foi um conflito armado que envolveu o Exército Brasileiro e membros da comunidade liderada por Antônio Conselheiro, em Canudos, no interior do estado da Bahia. Eles recusavam a pagar impostos e rejeitavam mudanças em relação à igreja e ao Estado.

Revolta da Vacina

A Revolta da Vacina aconteceu em 1904 entre os dias 10 e 16 de novembro no Rio de Janeiro durante o governo de Rodrigues Alves. A rebelião foi motivada por disputas políticas de grupos que tentavam derrubar o governo do presidente Rodrigues Alves.

Seu pretexto imediato foi uma lei que determinava a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola, pois já haviam morrido 3.500 pessoas por causa da doença. Isso levou Oswaldo Cruz, já diretor de saúde, a propor ao governo que enviasse ao Congresso um projeto para instaurar a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola em solo nacional.

O imaginário popular considerava uma ameaça que pessoas estranhas tocassem em suas esposas e filhas. Os jornais incitavam a população com publicações contra a lei, acusando-a de ferir os princípios da liberdade. Jornais e políticos contestavam a exigência do atestado de vacina para matrícula em escolas, busca de emprego e outras situações.

Com a lei aprovada, fez com que eclodisse a revolta. O governo de Rodrigues Alves decretou estado de sítio e controlou a revolta e com isso, também revogou a lei. Em 1908, uma intensa epidemia da doença elevou o número de mortos para 6.500 pessoas. Com medo da varíola, a população começou a procurar voluntariamente os postos de saúde para se vacinar.

O início do século XX ocorreram várias revoltas populares, uma delas implodiu, no Rio de Janeiro, após o prefeito Pereira Passos pôr em prática o plano de modernização e higienização da então capital federal que começou pela construção da Avenida Central que autorizou a demolição de casarões e casebres do Centro, além disso, medidas sanitárias e de saúde e o custo de vida elevado influenciaram a revolta popular conhecida como Revolta da Vacina (caiu em concurso – Ano: 2024 Banca: LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita Órgão: Prefeitura de Turilândia – MA);

Durante a Primeira República (1889 – 1930), houve, na sociedade brasileira, revoltas que, a despeito das diferenças, expressaram a insatisfação e a crítica de grupos populares quanto aos mecanismos de exclusão social e política e às estratégias de expansão dos interesses oligárquicos, então vigentes. As revoltas dessa natureza foram a Guerra de Canudos e Revolta da Vacina. (Caiu em concurso – Ano: 2022 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO);

 

No próximo vídeo começarei falando sobre a Revolta da Chibata

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