domingo, 18 de fevereiro de 2024

Da independência à República – Parte 2 - Formação do Brasil contemporâneo

 Da independência à República – Parte 2 - Formação do Brasil contemporâneo

 

Complementação da parte 1 Da independência à república.

Fiz uma análise de dezenas de questões de 2024, 2023 e 2022 e percebi que alguns assuntos relevantes do período que abordei no vídeo anterior ficaram de fora. Por isso, este vídeo é uma complementação da parte 1.

Caso preferir, no vídeo abaixo tem esta postagem em áudio e vídeo


Caso não tenha assistido a parte 1 desta série, recomendo assistir, pois como disse este será um complemento.

Peço que assista este vídeo até o final, visto que todos os assuntos abordados aqui caíram em concursos recentes.

 

1.500 A 1.530 – Período Pré colonial

A colonização do Brasil pelos portugueses esteve atrelada a uma conjuntura ligada ao atraso devido aos lucros obtidos no comércio de especiarias nas Índias Orientais (caiu em concurso – Ano: 2023 Banca: SELECON Órgão: Prefeitura de Campo Verde – MT);

Podemos considerar que, historicamente, a economia brasileira nasceu com o mercado de exportação, mesmo que em forma da injusta exploração que países europeus faziam de nossos recursos naturais, tendo como primeiro produto de significativa comercialização o pau-brasil. (caiu em concurso – Ano: 2023 Banca: AMEOSC Órgão: Prefeitura de Itapiranga – SC);

 

1.530 a 1.822 – Brasil colônia

A ocupação organizada do Brasil por Portugal começou em 1530, com o envio dos primeiros colonizadores. (caiu em concurso – Ano: 2023 Banca: Instituto Fênix Órgão: Prefeitura de Sul Brasil – SC);

1.532 – Fundação de São Vicente e início da implantação da lavoura de cana-de-açúcar, construções de engenhos e pecuária.

Foi construído a Câmara Municipal de São Vicente, que é considerada a primeira organização política do Brasil. Quem liderou foi Martim Afonso de Souza.

Curandeirismo: Foi um tipo de medicina com conhecimentos populares adquiridos por meio do empirismo, largamente utilizado no Brasil Colônia. (caiu em concurso – Ano: 2023 Banca: OBJETIVA Órgão: Prefeitura de Diamante D`Oeste – PR);

No dia a dia, parte da população colonial praticava religiões diferentes do catolicismo oficial. Vivendo como escravos, os africanos e os seus descendentes não podiam se expressar como queriam, mas, mesmo assim, recriaram suas tradições e identidades. A vida na colônia era marcada pelo catolicismo oficial e pela religião popular. Muitos africanos e seus descendentes viveram essas duas formas de expressão religiosa. (caiu em concurso - Ano: 2023 Banca: COTEC Órgão: Prefeitura de Unaí – MG);

A religião oficial era a católica apostólica romana, mas existiam outras como o protestantismo e judaísmo. Já os escravos eram reprimidos para não manifestarem suas religiões e muitos com medo cultuavam tanto a sua religião (as escondidas) e a fé católica.

 

1.534 – Capitanias Hereditárias e Bandeirantes

As capitanias hereditárias tinha alguns regulamentos como:

Carta de Doação: A carta de doação da capitania era o documento pelo qual o rei fazia a concessão da terra aos capitães, que gozariam do título de governadores de sua donataria.

Carta foral: A carta foral fixava os direitos, foros e tributos que cabiam ao rei e a parte relativa ao capitão

A implantação do sistema das capitanias obedeceu aos regulamentos e diretrizes fixados pelas Cartas de Doação e Cartas Forais. Essas cartas significavam, respectivamente: a definição dos traços gerais do sistema das capitanias e o estabelecimento de um código tributário, especificando a parte da renda do empreendimento colonizatório que pertenceria ao donatário e à Coroa. (Caiu em concurso – Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Câmara de Bauru – SP);

A configuração territorial das Capitanias Hereditárias apresentava alguns desafios e obstáculos a serem transpostos. Dentre eles, pode-se destacar, principalmente a necessidade de ocupar cada vez mais faixas interioranas do território, controlando algumas das principais bacias hidrográficas da América do Sul. (Caiu em concurso – Ano: 2022 Banca: IDECAN Órgão: IBGE Cargo: Agente Censitário de Pesquisas por Telefone);

Plantation: O plantation foi implantado para cultivar a cana-de-açúcar, utilizada na produção do açúcar. A cana-de-açúcar foi introduzida no Brasil como parte do esforço de Portugal para compor as capitanias hereditárias.

O plantation é o sistema de produção que se define pela mão de obra escrava, que se dedica ao cultivo de uma monocultura em uma grande propriedade de terra (latifúndio). Este tipo de produção marcou o ciclo econômico da cana-de-açúcar durante a colonização brasileira. (Caiu em concurso – Ano: 2024 Banca: ADVISE Órgão: Prefeitura de Serra da Raiz – PB);

As ameaças de ocupação francesa e holandesa no litoral da América portuguesa, e a diminuição do comércio oriental com as Índias, alteraram a relação dos portugueses com a colônia que se viram obrigados a ocupar o território para protegê-lo dos invasores. Para isso, introduziu-se a produção de engenhos de açúcar e a divisão da colônia em capitanias hereditárias, destas, apenas duas se tornaram viáveis, a primeira, cujo donatário era Martim Afonso de Sousa, e a segunda pertencente a Duarte Coelho, eram respectivamente São Vicente e Pernambuco; (Caiu em concurso – Ano: 2024 Banca: LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita Órgão: Prefeitura de Turilândia – MA);

No contexto da colonização portuguesa do território brasileiro, as capitanias hereditárias que mais se destacaram no desenvolvimento administrativo, econômico e demográfico foram as Capitanias de Pernambuco e de São Vicente. (caiu em concurso – Ano: 2024 Banca: ADVISE Órgão: Prefeitura de Serra da Raiz – PB);

Considerando o papel do capital mercantil na economia colonial, o monopólio do fluxo mercantil era a chave para a compreensão da relação entre a colônia e a metrópole, acelerando a acumulação de capitais na Europa. A maleabilidade do capital mercantil permitia sua rápida adaptação a diferentes ramos de atividade econômica, incluindo setores como mineração e agricultura. O tráfico de pessoas escravizadas desempenhou um papel fundamental como elemento motor da acumulação de capital no espaço colonial. (Caiu em concurso – Ano: 2023 Banca: IDHTEC Órgão: Prefeitura de Ilha de Itamaracá – PE);

 

1.548 – Criação do Governo-geral.

José de Anchieta: Chegou ao Brasil, em 13 de julho de 1553, com a missão de catequizar os índios.

“Este jesuíta, que passou no Brasil quarenta e quatro anos, dos sessenta e três que viveu, recolhera-se ao Espírito Santo ao sentir a aproximação da morte. Reritiba, onde a Companhia possuía uma casa, era o pouso de sua predileção. Ali morreu o Apóstolo do Brasil aos nove dias de junho de 1597. Seu corpo foi trasladado para a vila da Vitória por um cortejo constituído de mais de trezentas pessoas, em maioria indígenas, sendo sepultado na igreja de Santiago.” (Caiu em concurso – Ano: 2023 Banca: IDESG Órgão: Prefeitura de Baixo Guandu – ES);

 

1.580 a 1.640 – União Ibérica

Durante o ciclo do açúcar o Brasil tinha uma parceria com a Holanda. Como a Inglaterra, Holanda e França eram consideradas inimigas da Espanha acabou prejudicando esta parceria.

Durante este período foram construídas várias fortificações no Brasil para evitar ataques destas nações.

Após este período os espanhóis partiram para a América latina, abandonando o Brasil.

Durante o período colonial e imperial, a sociedade e a economia criadas no Brasil estavam vinculadas à escravidão de grande parte da força de trabalho. No século XVI, prevaleceu a escravização dos povos nativos, mas numerosos fatores combinaram-se para que, aos índios, sucedessem os africanos na virada para o século XVII. Os fatores que motivaram a substituição do trabalho escravo indígena pelo africano no contexto indicado, foram:

  • O decréscimo acelerado da população indígena por guerras, fugas, pestes e epidemias.

  • A multiplicação de engenhos que dependiam de mão de obra cativa para a sua produção, sobretudo no recôncavo baiano.

  • A alta lucratividade obtida com o tráfico negreiro, que envolvia a elite comercial lusa e dirigentes e comerciantes africanos.

  • A pressão dos missionários jesuítas para que a Coroa restringisse as iniciativas dos colonos de escravização dos indígenas. (Caiu em concurso – Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Santo André – SP);

“O Ciclo da Cana de Açúcar, também intitulado como ciclo do açúcar, foi um período importante da história do Brasil Colônia. Esse período foi compreendido entre a metade do século XVI e a metade do século XVIII. No Brasil, o açúcar foi considerado a primeira grande riqueza agrícola e industrial e por muito tempo, também foi a base da economia colonial.” (https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/ciclo-da-cana-de-acucar).

A escravidão não serviu apenas como “mãos e pés” dos senhores de engenho, como havia afirmado André João Atonil. Ela esteve ligada a diversos aspectos da cultura colonial açucareira, bem como de outras atividades econômicas, como o Comércio Atlântico. (Caiu em concurso – Ano: 2022 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: Prefeitura de Bom Conselho – PE);

André João Antonil: Giovanni Antônio Andreoni ou João Antônio Andreoni, que adotou o nome André João Antonil foi um jesuíta italiano. Que morreu no dia 13 de março de 1716 (67 anos);

1.642 – Criação do Conselho Ultramarino

O Conselho Ultramarino aumentou a centralização político-administrativa no Brasil pela coroa portuguesa;

Desde o processo de restauração portuguesa, apareceu um novo modelo de expedição, que foi conhecido como sertanismo de contrato, ou seja, os bandeirantes foram contratados pelos proprietários de terras para destruírem quilombos e capturarem negros.

Quilombos: Os quilombos eram comunidades formadas por escravos que fugiam da escravidão. Além dos negros fugitivos, também viviam índios e brancos livres.

A resistência dos escravizados na América Portuguesa deu origem aos mocambos e aos quilombos. O primeiro termo significa esconderijo. Já o segundo era utilizado em algumas regiões do continente africano para designar um acampamento militarizado e fortificado. No entanto, a formação de quilombos não foi a única forma de resistência dos escravizados. Outras formas de resistência era o Suicídio e sabotagem. (Caiu em concurso – Ano: 2022 Banca: UFMT Órgão: Prefeitura de Nobres – MT);

Suicídio: Os negros tinham medo de fugir e serem castigados e para se livrarem da escravidão eke preferiam o suicídio como a forma de se livrar da escravidão. O que era uma forma de resistência também, já que, dessa forma, não seriam mais propriedades do senhor.

Sabotagem: Sabotagem da produção gerando prejuízos financeiros.

Neste período também ocorreram expedições a procura de metais, onde foram descobertas várias jazidas de ouro. (período de maior produção foi de 1.735 a 1.754);

O período chamado de Brasil Colônia, consistia em um tempo que o Brasil estava sob o domínio de Portugal. Datada do início dos anos 1500 até o seu fim em 1822, onde a economia foi de exportação, para atender o interesse do mercado externo. Foi em Minas Gerais onde as primeiras minas de ouro foram encontradas, fomentando a lucratividade de metais preciosos. (caiu em concurso - Ano: 2023 Banca: EDUCA Órgão: Câmara de Cajazeiras – PB);

1.680 - Revolta de Beckman: As causas principais da Revolta de Beckman foi a insatisfação da população de São Luís do Maranhão com o monopólio comercial realizado pela Companhia de Comércio do Maranhão e a escravização dos indígenas.
A insatisfação referente a escravização dos indígenas, se deu porque os Jesuítas eram contra ela e acabou que em 1.680 uma lei que impediu a escravização dos índios no Estado do Maranhão.

Inconfidência mineira:

Inconfidência Mineira, também referida como Conjuração Mineira, foi uma conspiração de natureza separatista que ocorreu na então capitania de Minas Gerais, Estado do Brasil, seu objetivo era proclamar uma República independente, criar uma universidade, era contra a execução da derrama e o domínio português, sendo reprimida pela Coroa portuguesa em 1789; Em 21 de abril de 1.792, Tiradentes (Joaquim José da Silva Xavier) foi executado.

Derrama: No Brasil Colônia, a derrama era um dispositivo fiscal aplicado no estado de Minas Gerais a partir de 1751 a fim de assegurar o piso de cem arrobas anuais na arrecadação do quinto. O quinto era a retenção de 20% do ouro em pó ou folhetas ou pepitas que eram direcionadas diretamente à Coroa Portuguesa.

Durante o período colonial brasileiro, houve diversos movimentos anticoloniais, que foram manifestações de resistência à dominação portuguesa e buscavam, em diferentes contextos, mais autonomia ou a independência do domínio colonial. Nesse sentido, o movimento ocorrido em Minas Gerais, em 1789, liderado por intelectuais, militares e membros da elite local descontentes com a carga tributária e com a opressão colonial, com o objetivo de alcançar a independência e a criação de uma república, é denominado de inconfidência Mineira;(Caiu em concurso – Ano: 2024 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Iúna – ES);

Ocupação de Minas Gerais:

O território mineiro foi oficialmente ocupado a partir do século dezoito e, nesse período Colonial, a produção mineral não era a sua única atividade econômica. Nas zonas de mineração, foram fundadas cidades em razão da extração do ouro. Durante o processo de ocupação do território mineiro tivemos:

1 – Fazendas ou engenhos: Eram áreas que desenvolviam atividades agropecuárias destinadas ao abastecimento, combinando o trabalho de mineração e o plantio, o engenho ou o gado.

2 – Cidades mineradoras: Possuíam um estilo conhecido como barroco, típico da época de mineração de ouro e pedras preciosas, e, na atualidade, atraem turistas.

3 – Casas de pau-a-pique: Foram construídas com material encontrado nas regiões com menor população, onde as principais atividades eram a criação de gado e a plantação de roças de feijão.

4 – Garimpos: Atraíram grande número de aventureiros, oriundo de Portugal e outros locais das terras brasileiras, em busca de ouro e pedras preciosas.

(Caiu em concurso – Ano: 2023 Banca: COTEC Órgão: Prefeitura de Unaí – MG);

 

1.808 a 1.821 – Governo joanino. Continuarei no próximo vídeo

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