Domínio da estrutura morfossintática do período
Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração.
Período é a frase formada por uma ou mais orações, com sentido completo.
O período pode ser simples ou composto.
Caso preferir, no vídeo abaixo tem esta postagem em áudio e vídeo
Período Simples: Formado por apenas uma oração
Ex.: A noite está maravilhosa!
Período composto: Formado por duas ou mais orações.
Ex.: João levantou e foi para o banheiro
O período composto pode ser por coordenação e subordinação:
Período composto por coordenação: Quando as orações são independentes e tem sentido completo, porém sem relação sintática entre si.
Ex.: Os alunos discutiram o tema, escolheram o melhor e terminam o trabalho
Período composto por subordinação: Quando uma das orações(subordinada) depende sintaticamente da outra (principal) para fazer sentido.
Ex.: Não fui ao treino (oração principal), por que tinha aula (oração subordinada).
Neste artigo aprofundarei as relações de subordinação entre orações e entre termos da oração.
Período composto por subordinação:
Quando uma das orações(subordinada) depende sintaticamente da outra (principal) para fazer sentido.
Ex.: Não fui ao treino (oração principal), por que tinha aula (oração subordinada).
A uma oração principal pode-se ligar sintaticamente três tipos de orações subordinadas:
substantivas, adjetivas e adverbiais.
1 - Orações Subordinadas Substantivas:
As orações subordinadas substantivas normalmente são ligadas pelas conjunções integrantes “que” e “se”. Elas podem exercer nas frases funções de sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicado nominal e aposto, tendo assim, a mesma função de um substantivo.
São seis as orações subordinadas substantivas.
1.1 - Oração subordinada substantiva subjetiva:
Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com as conjunções “que” ou “se” é a oração subordinada, que desempenha a função de sujeito para a oração principal.
Sujeito: Termo com qual o verbo concorda
Para acharmos quais são as orações verificamos os verbos
Ex.:
Não era permitido que os meninos nadassem nesta piscina. (verbos permitir e nadar)
Sujeito na oração principal: Não tem
O “que” é a conjunção integrante que liga as orações.
Oração principal: “Não era permitido”
Oração subordinada substantiva subjetiva: “Que os meninos nadassem nesta piscina” (inicia sempre com a conjunção)
É subjetiva porque tem a função de sujeito da oração principal
1.2 - Oração subordinada substantiva objetiva Direta:
Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com as conjunções “que” ou “se” é a oração subordinada, que desempenha a função de objeto direto para a oração principal.
Objeto direto: É um complemento verbal que, normalmente, não é acompanhado por preposição
Para acharmos quais são as orações verificamos os verbos
Todos desejamos que um dia seremos felizes (verbos desejar e ser)
Sujeito na oração principal: Todos
O “que” é a conjunção integrante que liga as orações.
Oração principal: “todos desejamos”
Oração subordinada substantiva objetiva direta: “que um dia seremos felizes” (inicia sempre com a conjunção)
O “Todos” é o sujeito da oração
O que complementa o verbo desejar é “que todos um dia seremos felizes” que tem a função de objeto direto.
1.3 - Oração subordinada substantiva objetiva Indireta:
Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com uma preposição e as conjunções “que” ou “se” é a oração subordinada, que desempenha a função de objeto indireto para a oração principal.
Objeto indireto: É um complemento verbal que é acompanhado por preposição
Para acharmos quais são as orações verificamos os verbos
Ex. João não gosta de que o tratem como criança (verbos gostar e tratar)
Sujeito na oração principal: João
O “que” é a conjunção integrante que liga as orações.
Oração principal: “João não gosta”
Preposição: “de”
Oração subordinada substantiva objetiva indireta: “de que o tratem como criança”
O que complementa o verbo gostar é “de que o tratem como criança” que tem a função de objeto indireto.
1.4 - Oração subordinada substantiva completiva nominal:
Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com uma preposição e as conjunções “que” ou “se” é a oração subordinada, que desempenha a função de complemento nominal para a oração principal.
Complemento nominal: É o termo da oração que é precedido por uma preposição para complementar o sentido de um substantivo abstrato, de um adjetivo ou de um advérbio, ou seja, para ter um sentido completo.
Para acharmos quais são as orações verificamos os verbos
Ex.: Eu tenho a esperança de que passarei no concurso (verbos ter e passar)
Sujeito na oração principal: eu
O “que” é a conjunção integrante que liga as orações.
Oração principal: “Eu tenho a esperança”
Preposição: “de”
Oração subordinada substantiva completiva nominal: “de que passarei no concurso”
1.5 - Oração subordinada substantiva predicativa
Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com as conjunções “que” ou “se” é a oração subordinada, que desempenha a função de predicativo do sujeito do verbo de ligação da oração principal. Aparece sempre depois do verbo ser.
Predicativo do sujeito: É o termo do predicado que tem a função de dar uma qualidade ao sujeito
Ex. A verdade é que ela sempre acerta as questões.
Oração principal: a verdade é
Verbo de ligação: é
Oração subordinada substantiva predicativa: que ela sempre acerta as questões
1.6 - Oração subordinada substantiva apositiva
Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com as conjunções “que” ou “se” é a oração subordinada, que desempenha a função aposto para a oração principal. Aparece sempre depois de dois pontos.
Aposto: é um termo que se une a outro para explicá-lo ou caracterizá-lo melhor
Ex. Todos querem apenas uma coisa: que sejamos felizes.
Oração principal: todos queremos apenas uma coisa
Oração subordinada substantiva apositiva: que sejamos felizes
2 - Orações Subordinadas Adjetivas
Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com um pronome relativo é a oração subordinada, que dá uma característica para a oração principal.
Pronome relativo: É um pronome que substitui um termo da oração anterior e estabelecem relação entre duas orações (que, quem, onde, cujo, o qual, a qual, os quais, as quais, quando, quanto…)
São duas as orações subordinadas adjetivas:
2.1 - Orações Subordinadas Adjetivas restritiva
é aquela que restringe o sentido do substantivo para um ser único e não pode ser isolada por vírgulas e inicia com pronome relativo.
Ex.: Toda verdura que é verde é rica em fibras
Oração principal: toda verdura é rica em fibras
Oração subordinada adjetiva restritiva: que é verde.
2.2 - Orações Subordinadas Adjetivas explicativa
Ela explica dando mais informações e detalhes ao que se encontra no texto. Sempre está entre vírgulas e inicia com pronome relativo.
A oração principal é o restante da oração.
Ex.: O professor Leandro, que é o professor de história, está doente.
Oração principal: o professor leandro está doente
Pronome relativo: que
Oração subordinada adjetiva explicativa: que é o professor de história
3 - Orações Subordinadas Adverbiais
São orações que exercem a função de adjunto adverbial do verbo, tendo a mesma função que um advérbio na estrutura da oração. Ela traz uma circunstância para a oração principal.
Adjunto adverbial: É o termo da oração que indica uma circunstância.
Advérbio: É uma palavra que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal
São iniciadas por conjunções ou locuções conjuntivas.
São relacionadas de acordo com a circunstância que apresentam
Temos nove orações subordinadas adverbiais:
3.1 - Orações subordinadas adverbiais causais:
Aponta a causa da ação exposta na oração principal
Conjunções causais: que, porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como…
Ex. Ele saiu rapidamente porque estava atrasado
Conjunção causal: porque
Estava atrasado é a causa dele sair rapidamente
3.2 - Orações subordinadas adverbiais consecutivas:
Aponta a consequência do que ocorreu na oração principal
Conjunções consecutivas: que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), que, de forma que, de modo que…
Ex.: Cristina estudou tanto que ficou cansada.
Ficou cansada é a consequência de Cristina estudar tanto
3.3 - Orações subordinadas adverbiais comparativas:
Expressa uma comparação com o acontecimento da oração principal
Conjunções comparativas: como, mais do que, tal, tanto como, assim como, mais…que, bem como, que nem…
Ex.: Arthur mais joga do que estuda.
3.4 - Orações subordinadas adverbiais concessivas:
Aponta uma concessão ao que foi dito na oração principal, ou seja, passa uma ideia de contradição.
Conjunções concessivas: embora, conquanto, inobstante, não obstante, apesar de que, se bem que, mesmo que, posto que, ainda que, em que pese.
Ex. Embora não tenha jogado bem, eu venci a partida
Foi feito uma concessão a ele, ou seja, apesar de não ter jogado bem, ele conseguiu vencer a partida.
3.5 - Orações subordinadas adverbiais condicionais:
Aponta a condição para o que ocorreu ou não na oração principal
Conjunções condicionais: se, a menos que, desde que, caso, contanto que, salvo se, exceto se, desde, a não ser que…
Ex. Se ele cumprir sua promessa, poderemos viajar amanhã
Se ele cumprir a promessa é a condição para eles poderem viajar.
3.6 - Orações subordinadas adverbiais conformativas:
Aponta a ideia de conformidade, ou seja, está de acordo com o que ocorreu na oração principal
Conjunções conformativas: Conforme, como, segundo…
Ex. Faço feijoada conforme a receita da minha mãe.
A feijoada está de acordo com a receita da mãe
3.7 - Orações subordinadas adverbiais temporais:
Aponta uma circunstância de tempo expresso na oração principal
Conjunções temporais: Agora que, tanto que, quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que…
Ex.: Fico alegre sempre que vou à casa de minha mãe.
3.8 - Orações subordinadas adverbiais finais:
Apresenta a intenção, o fim ou finalidade do que ocorre na oração principal.
Conjunções finais: a fim de que, para que, que, porque…
Ex.: estudei muitas vezes a matéria, para que não errasse nenhuma questão
3.9 - Orações subordinadas adverbiais proporcionais:
Expressa uma ideia de proporção com o que ocorre na oração principal.
Conjunções proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais… mais, quanto menos… menos…
Ex.: Ele vai ficando mais forte à medida que treina.
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